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Câmara de Cascais apoia tratamento em Portugal de menino moçambicano com doença de Perthes

Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, recebeu o jovem Cleisson Pedro Maluane, da Ilha de Bazaruto, nos Paços do Concelho, em fase de recuperação, após a cirurgia a que foi submetido.

Uma criança moçambicana de 12 anos, afetada pela doença de Perthes, que se caracteriza pela perda temporária do fluxo sanguíneo na região da anca, com consequente morte dos tecidos da cabeça do fémur, foi operada em Portugal graças ao apoio de várias instituições, entre as quais a Câmara Municipal de Cascais.

O jovem Cleisson Pedro Maluane, bolseiro da ONG SIM, do Norte da Ilha do Bazaruto, está a ser tratado em Portugal, graças ao esforço da ONG SIM e dos seus voluntários, com o apoio solidário de várias instituições e personalidades.

Cleisson é filho do Pedro Maluane, o primeiro bolseiro universitário da ONG SIM e primeiro natural da Ilha do Bazaruto a concluir os estudos no Ensino Superior. Tal como o pai, o pequeno Maluane é o melhor aluno da sua classe mas vivia desgostoso por ter perdido este ano letivo, dada a doença que o impossibilitava de se deslocar à escola.

Através da ONG SIM, foi possível obter em Portugal o parecer de um médico especializado nesta doença, Nuno Craveiro Lopes, Médico Ortopedista do Hospital Cruz Vermelha, que recomendou uma intervenção cirúrgica para colocação de um fixador externo durante meio ano. O médico ofereceu-se para operar “pro Bono” o jovem em Portugal e a ONG SIM desencadeou uma série de contactos com vista à viabilização urgente da intervenção cirúrgica.

Assim, com o apoio da TAP, da Câmara Municipal de Cascais, e do Hospital da Cruz Vermelha, que acolheu o menino e disponibilizou os meios necessários, a intervenção foi realizada com sucesso.

Nuno Craveiro Lopes, ortopedista do Hospital da Cruz Vermelha, realizou a cirurgia com sucesso no dia 9 de outubro. O tempo previsto de recuperação, para que possa posteriormente ser colocada uma prótese, é de seis meses.

“Esta é uma intervenção diferente do que é habitual. A intervenção em si foi relativamente simples”, explicou, sublinhando que “o complicado e o mais trabalhoso é o tratamento pós-operatório que é longo, dura cinco a seis meses, até haver a formação de novo osso”.

Agora segue-se um período demorado de fisioterapia e recuperação.

“A resposta do paciente foi muito boa. Ele está a reagir muito bem e está adaptado a este tipo de dispositivo que se coloca para fazer a correção. Previsivelmente, vamos conseguir que ele fique com uma anca a funcionar bem até uma idade avançada”, adiantou Craveiro Lopes.

O médico salientou que o jovem foi operado no Hospital da Cruz Vermelha, que disponibilizou os seus serviços e as suas instalações graciosamente, assim como toda a gente, incluindo a Câmara Municipal de Cascais, a TAP e o governo moçambicano.

Relativamente ao estado de Cleisson Mualane, o médico não tem, dúvidas: “Vai ser uma história de sucesso”, considerou o cirurgião sobre o futuro do jovem. S.R.S.

Cascais Digital

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