Câmara Municipal de Cascais entregou materiais e veículos à PSP

O material hoje entregue abrange áreas tão diversas como a segurança dos próprios agentes, de que são exemplo coletes refletores, luvas e lanternas, mas vem também permitir o desenvolvimento das operações de fiscalização e controle, como é o caso das abraçadeiras-algemas, luzes e lanternas de trânsito, cones de sinalização e binóculos de longo alcance entre outros materiais, onde não faltam impressoras, computadores, máquinas fotográficas e de filmar.

O lote de oferecido pela Câmara Municipal de Cascais está no âmbito da Parceria Público-Pública assinada dia 13 de março entre o Município e o Ministério da Administração Interna, e representa o cumprimento da segunda alínea prevista neste protocolo, como refere Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais. “A primeira alínea foi a ampliação da esquadra de Trajouce, S. Domingos de Rana, entregue logo no dia 13. Agora estamos a concretizar a segunda alínea, com a entrega destes materiais e equipamentos. O próximo passo será a transferência da 50.ª Esquadra de Cascais e esquadras de Turismo para as antigas instalações da Brigada Fiscal da GNR junto à Docapesca, depois de recuperadas”, explicou Carlos Carreiras aos presentes, a quem fez questão de apresentar a visão geral da PPP firmada com o Ministério da Administração Interna (apresentação integral em anexo). A breve trecho, a sede da Divisão da PSP de Cascais irá também sair das instalações da Rua Afonso Sanches para se localizar um imóvel junto à Praça de Touros a adquirir pela Câmara Municipal de Cascais.

Em traços gerais a PPP visa proporcionar melhores condições aos agentes para que possam desenvolver o seu trabalho com a máxima eficácia, compensando ao mesmo tempo o empenho pessoal e profissional apesar das más condições com que têm desenvolvido a sua atuação nos últimos tempos.
“Não podemos oferecer um concelho de vocação turística como Cascais, sem garantir a segurança”, salienta Carlos Carreiras, acrescentando, “pese embora a perceção de segurança das pessoas não seja igual aos indicadores de que dispomos, que apontam para um concelho seguro. Daí que o investimento nas condições de trabalho seja fundamental: “ Fizemos um levantamento sobre as necessidades elementares das várias forças de segurança, Polícia Marítima, GNR e PSP e, a pouco e pouco vamos colmatar as principais falhas a começar pela PSP”, concretiza Carlos Carreiras.
Para Paulo Onofre, Intendente da PSP que representou o Comando metropolitano de Lisboa na cerimónia, “este investimento municipal tem de ter um retorno positivo em trabalho e dedicação. Estamos a atravessar um momento complicado em termos de capacidade financeira e esta aquisição por parte da Câmara Municipal de Cascais é uma lufada de ar fresco em prol dos cidadãos de Cascais”.

A Parceria Público-Pública vai ainda permitir a reorganização das atuais esquadras da Parede (52.ª Esquadra) e Carcavelos (54.ª Esquadra de Trânsito), que deverão mudar-se para o quartel da Bateria Militar da Parede, bem como as esquadras Fiscalização e Investigação Criminal, actualmente instaladas no Monte Estoril. O antigo quartel militar deverá ainda acolher a camarata da PSP actualmente a funcionar na Torre e os serviços municipais de Polícia Municipal e de Proteção Civil.

Para completar o novo ciclo de instalações, também na Abóboda, após alguns anos de adiamento, serão iniciadas as obras de construção da nova esquadra, fruto do compromisso estabelecido entre a Câmara Municipal de Cascais e o Ministério da Administração Interna.
“Não é uma operação onerosa para a Câmara Municipal de Cascais”, explica Carlos Carreiras. “O retorno em património imobiliário, avaliado em 1,9 milhões de euros, cobre perfeitamente o investimento agora realizado”.

E esse investimento abre caminho para o desenvolvimento de uma outra estratégia que consiste em revitalizar o centro de Cascais e que passa por criar condições para acolher habitação e serviços. Com a saída da PSP da Rua Afonso Sanches (50.ª Esquadra) e a recuperação da antiga residencial Parsi criam-se condições para redistribuir os serviços municipais e libertar espaço para outros fins. “Até final do ano, os antigos edifícios dos SMAS de Cascais regressam à posse do município”, acrescenta o presidente da autarquia, que acredita que o inacabado novo edifício da esquadra de Cascais “virá a curto prazo” para posse da Câmara Municipal de Cascais. “Esse edifício tem má localização e má inserção no terreno, pelo que a nossa intenção é proceder à sua demolição. Sabemos que já ali foram investidos dois milhões de euros, mas para o concluir seriam precisos mais cinco milhões. Creio que mais vale corrigir o erro agora”, defende Carlos Carreiras.