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Centro de Apoio Social do Pisão tem cabeleireiro, sala de família e espaço expositivo

O Centro de Apoio Social do Pisão conta, a partir de agora, com três novos espaços: uma sala para a família, um espaço para exposições e um cabeleireiro. A inauguração contou com a presença de José Vieira da Silva, Ministro do Trabalho e da Segurança Social, de Cláudia Joaquim, secretária de Estado da Segurança Social e Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais.
“São espaços-função que visam devolver um pouco mais de dignidade aos nossos 340 residentes”, esclarece Isabel Miguéns, Provedora da Santa Casa da Misericórdia de Cascais, entidade que desde 1985 gere o equipamento do Instituto da Segurança Social, IP, construído nos anos 40 do século XX.
 
Entre os espaços agora inaugurados está um cabeleireiro, que pretende ajudar a melhorar a imagem de quem vive no Centro. “Ao arranjar o cabelo e com alguns cuidados de estética todos ficamos mais bonitos”, adianta Isabel Miguéns. O espaço contou com a ajuda de Isabel Queiroz do Vale, empresária que doou o equipamento, que prefere destacar o papel das voluntárias que diariamente disponibilizam tempo para tratar da imagem a homens e mulheres: “Não fui eu a comandar este projeto. Foram estas senhoras que fizeram todo o trabalho. A Marta (uma das voluntárias) contou-me a história e achei que podíamos ajudar, pelo que temos vindo cá, eu e as minhas técnicas, uma vez por mês para lhes dar formação e acompanhar o trabalho desenvolvido”, explica.
 
Outro dos espaços, que recria a sala de estar de uma casa de família, foi criado para as famílias se poderem reunir de forma mais recatada: “aqui podem conversar à vontade e fora da zona de internamento”, explica Anabela Gomes, diretora do Centro de Apoio Social, adiantando que “em populações como estas é mais fácil trabalhar em pequenos grupos”. 
A última novidade é o espaço de exposição onde é possível apreciar e até adquirir os trabalhos realizados por quem encontra na terapia ocupacional uma forma de se ligar a um mundo que aparentemente perdeu o sentido.
 
Em dia de inauguração e com tantas visitas, a animação entre os residentes foi grande e, de entre as voluntárias ouviu-se: “a Fátima quer dar um beijinho ao senhor ministro”. Viera da Silva, Ministro do Trabalho e da Segurança Social, atendeu ao pedido, aceitando e distribuindo cumprimentos, numa instituição que, segundo referiu “presta uma resposta social tão significativa, numa área tão exigente e tão complexa”. 
 
A comitiva foi ainda convidada a visitar outros espaços do Centro de Apoio Social do Pisão, como a Casa do Alecrim (espaço de lazer), a biblioteca e centro de recursos multimédia, a futura Sala Snoezelen de apoio à doença mental prevista para entrar em funcionamento até ao final do ano, a lavandaria, camaratas, refeitório e a unidade de armazenamento e preparação de terapêutica. Também as salas de terapia ocupacional, onde cinco monitores e um terapeuta ajudam os utentes a transformar papel, lã e madeira em verdadeiras obras de arte, abriram portas aos convidados que terminaram a visita na Casa dos Lagares, espaço de memória onde os contrastes entre o passado e o presente do Centro estão bem vincados. 
 
“É muito duro trabalhar aqui”, assentiu Isabel Miguéns, Provedora da Santa Casa da Misericórdia de Cascais, reiterando “o empenho de toda a equipa na mesma causa e em fazer o bem. Temos aqui uma equipa fantástica que todos os dias devolve um pouco de dignidade a quem aqui vive”. Evocando a obra recentemente assegurada pela Câmara Municipal de Cascais e que permitiu resolver uma antiga questão de saneamento, a provedora assegurou: “o presidente Carlos Carreiras está sempre disponível para as nossas ações”.
 
Reiterando a disponibilidade da CMC em “colmatar as necessidades da população, mesmo tratando-se de matérias além da responsabilidade municipal”, Carlos Carreiras, reiterou: “este dinheiro é da comunidade e nada melhor do que direcioná-lo para resolver problemas como este em pleno Parque Natural de Sintra-Cascais”. Para o autarca, os investimentos feitos no Centro de Apoio Social, são “investimentos na dignidade. Aqui estamos no fim da linha. Todos os dias são iguais e a cruz muito pesada”. 
 
Num “espaço feito com enorme gosto e dedicação”, como destaca Isabel Miguéns, há contudo carências que urge suprir: “esta gente precisa de tudo!” Assim, a responsável lançou um repto ao ministro Viera da Silva e equipa: “venham cá mais vezes!” 
 
Viera da Silva registou o pedido, salientando que “esta é uma área prioritária do Ministério do Trabalho e da Segurança Social”, pelo que assumiu o compromisso de “trabalhar em conjunto para garantir um patamar cada vez mais elevado de qualidade de vida àqueles que têm necessidade de recorrer a estas respostas”. 
 
Considerando que Cascais tem “uma das redes sociais mais desenvolvidas do país, onde trabalham 5.600 pessoas só na área social”, Viera da Silva reconheceu que a Santa Casa da Misericórdia de Cascais “está no top dos acordos celebrados com o Governo para diferentes respostas sociais”, Vieira da Silva salientou o facto de a resposta estar “bem entregue” a esta entidade, com 550 colaboradores que “tem uma dimensão e preparação adequadas a um trabalho no domínio social com uma das mais elevadas componentes de profissionalismo e afeto”.
 

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