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Crachás de ouro entregues no Dia Municipal do Bombeiro

Sob o signo da união, comemorou-se, domingo, 16 de outubro, junto ao jardim do Buzano, Parede, o 19.º Dia Municipal do Bombeiro. Uma festa de homenagem aos Soldados da Paz que contou com a participação de diversas entidades e dezenas de populares. Neste dia, pelo apoio muito além do previsto na lei, às corporações de bombeiros, a Câmara Municipal de Cascais foi agraciada com o Crachá de Ouro da Liga de Bombeiros Portugueses. Foi também anunciada a criação, em novembro, do Memorial do Bombeiro.
“Estamos num local carregado de simbolismo”, começou por referir Manuel João Almeida, presidente da Associação de Bombeiros Voluntários “Amadeu Duarte” - Parede, entidade à qual coube, este ano, a organização das celebrações do Dia do Bombeiro. “Esta avenida tem o nome de Comandante Gilberto Duarte e Duarte, um homem que foi bombeiro durante meio século, 25 anos dos quais como comandante”. 
 
Com um total de 121.000 serviços prestados ao longo do ano, as cinco corporações de bombeiros do concelho prestaram auxílio em caso de incêndios (788), acidentes/sinistros (3.378), emergência médica (18.805), transporte de doentes (94.173) e outros serviços (4.190), segundo dados revelados na ocasião por Manuel João Almeida. Um conjunto de serviços assegurado por muitos voluntários, mas também por 200 postos trabalho diretos, e que movimenta um orçamento na ordem dos sete milhões de euros. “Vinte por cento deste orçamento vem da Câmara Municipal de Cascais, através de protocolos na área dos Grupos de Primeiro Socorro, transporte de pessoas e não só”, lembrou o presidente da direção dos BV “Amadeu Duarte”, sem esquecer a porta aberta pelo Orçamento Participativo que “possibilita encontrar novos meios de financiamento para novas valências em que as populações são os principais beneficiários”.
 
Durante a cerimónia, que contou com um imponente desfile apeado e motorizado, foram promovidos a Bombeiros de 3.ª classe Tiago Dias, Diogo Almeida, Ana Cruz, Rui Furão e Aline Santos, da corporação dos Estoris, e Pedro Varela, Emanuel Guerreiro e Raquel Noivo, de Carcavelos-S. Domingos de Rana. 
 
Com 37 anos de serviço, José Osório, passou neste dia ao Quadro de Honra: “a cabeça está boa, mas as pernas já não”, justificou-se, assumindo ser “uma data feliz por representar muitos anos de vida ao serviço dos Bombeiros e da população”, mas “triste por já não ter a força de outros tempos”. Pela sua dedicação e esforço para estabelecer as bases da hoje rotineira formação conjunta de bombeiro inicial, o Comandante Osório recebeu o Crachá de Ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses.
 
Depois de um verão de intensa atividade, em que, os incêndios registados em Portugal representaram 160.000 metros quadrados, ou seja, metade da área ardida em toda a Europa, colocando as notícias sobre bombeiros no topo da atualidade, António Carvalho, presidente da Federação Portuguesa de Bombeiros, lembrou que “o importante não é a visibilidade, nem o reconhecimento público. O importante é a atitude e em Cascais há atitude”. O responsável destacou desta forma a parceria “exemplar” entre Associações de bombeiros e Câmara Municipal de Cascais, considerando a edilidade um “exemplo no apoio às corporações com equipamento e formação, mesmo em época de dificuldades económicas”.
 
E foi esse mesmo exemplo que levou a Liga dos Bombeiros Portugueses a atribuir a Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, o Crachá de Ouro. “Este crachá representa a nossa homenagem à Câmara Municipal de Cascais”, salientou Rui Rama da Silva, presidente da LBP, justificando a atribuição da distinção com “o apoio que permite a salvaguarda de pessoas e bens, a sustentabilidade e operacionalidade das corporações e o cumprimento das responsabilidades cometidas à CMC, por exemplo, no âmbito da Proteção Civil. Um apoio que vai muito para além do previsto na lei. Este é um modelo com provas dadas”.
 
E o apoio, como salientou Elísio Oliveira, Comandante do Agrupamento Distrital Sul, extravasa a questão financeira: “é sobretudo de louvar a forma como é dado esse apoio, 365 dias por ano. Num ano como este, isso é absolutamente fundamental”, referiu.
 
Recebendo a homenagem em nome de todos os mais de 209 mil cidadãos de Cascais, Carlos Carreiras fez questão de salientar que “acima de tudo são os cidadãos que permitem que a CMC preste este apoio aos Bombeiros”. Emotivo, o discurso do presidente da Câmara Municipal de Cascais centrou-se em quatro palavras:
 
Homenagem – que dirigiu a todos “os homens e mulheres que carregam as nossas ansiedades e angústias nos momentos de dificuldade, e aos quais confiamos a nossa segurança e bem-estar nos tempos de normalidade”, anunciando a inauguração, prevista para novembro do Memorial do Bombeiro, no Parque Palmela, em Cascais; 
 
Investimento – apesar das dificuldades a CMM tem vindo paulatinamente a fazer face às necessidades sentidas pelas corporações, dotando os bombeiros e as forças de proteção civil de equipamentos essenciais: ambulâncias; veículos florestais e urbanos de combate a incêndios; plataformas elevatórias; equipamentos de proteção individual, entre muitos outros investimentos, não só “porque os bombeiros o merecem”, mas “porque com a segurança coletiva não se brinca”, muito menos na quinta maior comunidade do país;  
 
Prevenção – Apelando à Administração Central para uma mão mais pesada para os responsáveis pelos “fogos criminosos que ceifam vidas, que nos destroem como país e que arruínam o futuro dos nossos filhos e netos”, mas para que se tomem medidas mais transversais: “cadastrem-se as terras, faça-se justiça sobre os criminosos (…) trabalhe-se na prevenção”. Carlos Carreiras aproveitou para destacar os bons resultados de Cascais a este nível, onde se começa a preparar a época de fogos nas primeiras chuvas do inverno: “em Cascais tivemos, em 2016, um dos mais baixos números de ignições já registados a que correspondeu uma inexpressiva área ardida”. “Limpar matas não dá votos, abrir caminhos e ações de fogos controlados também não, mas são essas ações, invisíveis aos olhos da maioria, que nos têm permitido manter a nossa integridade territorial e ambiental, o nosso bem-estar coletivo e a segurança das nossas populações”, reforçou o autarca.
     
Indignação – Carlos Carreiras aproveitou a comemoração do Dia Municipal do Bombeiros para dar nota não só da sua indignação, mas também do seu inconformismo quanto ao chumbo, por parte da Autoridade Nacional de Proteção Civil da candidatura dos Bombeiros de Cascais à substituição de um Veículo Florestal de Combate a Incêndios com mais de 30 anos. “Não desistiremos desta causa até dela ter ganho. A Câmara de Cascais estará ao lado dos seus bombeiros para que uma nova VFCI venha para o concelho”, anunciou, arrancando muitos aplausos a bombeiros e populares.
 
 

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