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Dia Internacional das Cidades Educadoras junta 500 jovens no Centro de Congressos do Estoril

Em 2018, Cascais será o anfitrião do XV Congresso Mundial das Cidades Educadoras. Esta será a segunda vez que o congresso se realiza em Portugal, sendo que a primeira vez foi em Lisboa, no ano 2000. Para preparar o Manifesto que Cascais irá apresentar aos representantes das 500 cidades educadoras que nessa ocasião se vão reunir no concelho, os jovens de 18 estabelecimentos de ensino participaram numa assembleia que encerrou a Semana da Educação 2017.
“Todos somos cidadãos, temos a responsabilidade da cidadania”. Palavras de Carlos Carreiras, presidente da Câmara de Cascais, na abertura da Assembleia de Jovens. É nessa responsabilidade de cidadania que se insere o XV Congresso das Cidades Educadoras, e da Capital da Juventude em 2018 em Cascais. Contamos com vocês para “ hoje ajudarem a escrever uma página da história de Cascais e da história nacional: ao responderem aquilo que consideram ser a Carta dos Jovens do nosso concelho, para ser debatida no Congresso”, acrescentou.
Mas o que dizem os nossos jovens? O que defendem para uma Cidade verdadeiramente educadora?
Henrique Salomão, da Escola Secundária de Cascais defendeu que devia haver mais informação nas rádios-escola. "Passam só música quando há tanta coisa a acontecer no mundo que nós devemos saber".
"Deviam apostar mais em estágios profissionais no ensino regular", defendeu uma aluna do Centro de Reabilitação Profissional de Alcoitão. “Os livros podiam ser substituídos por tablets e computadores”, acrescentou o porta-voz da Escola da Alapraia.
Francisco, da Escola Básica e Secundária Matilde Rosa Araújo, colocou como prioridade a realização de atividades que levem as gerações a aproximar-se: "devíamos promover visitas aos Centros de Dia". Uma ideia que Filipa, do Colégio Nossa Senhora da Boa Viagem levou ainda mais longe: "fazemos algumas aulas em centros de Dia. Assim, treinamos competências, aprendemos a aceitar os nossos idosos como uma responsabilidade de todos, valorizamos o seu saber e quebramos preconceitos".
Da Cidadela de Cascais chegou a proposta de Marco para a criação de uma Assembleia de Jovens: "uma como esta, mas que reunisse mais vezes", explicou. Telma, do Agrupamento de Escolas de Alcabideche, acrescentou: "os jovens deviam ser chamados a participar mais nas decisões que lhes dizem respeito".
Num espírito de interajuda e proteção dos mais frágeis, Graça e João, do Agrupamento de Escolas do Estoril, defenderam a "redução das desigualdades sociais e a proteção das crianças em situação de vulnerabilidade". Uma tarefa que justifica maiores apoio às instituições que dela se ocupam mais diretamente e também formação das competências das famílias, para que "possa educar com amor e carinho".
Desenvolver nas escolas uma componente de formação mais prática foi a sugestão das alunas dos Salesianos de Manique, Beatriz e Solage. "Falta educação para a saúde, cozinha ou costura, porque se espera que nós aprendamos sozinhos em casa e hoje muitos jovens não sabem por exemplo como tratar uma gastroenterite".
Tiago, de "Os Aprendizes" lançou à Assembleia a questão da alimentação que está na base de tudo: "a comida saudável e biológica também pode ser boa e os alunos podem disfrutar de um dia melhor nas suas escolas", afirmou.
Melhorar bibliotecas, criar novos espaços de estudo, fomentar parcerias com outras escolas foram as propostas da Escola Ibn Mucana, sendo que para Alexandre, do Colégio da Bafureira falta também aproximação da sociedade civil às escolas: "os partidos devia ir mais às escolas para explicar as suas ideologias. Eu tenho 14 anos e não faço ideia daquilo que cada partido defende".
Criar olimpíadas da escrita e da leitura, foi a proposta de Carolina, do Agrupamento de Escolas de Carcavelos, que também gostava de ver instituídos cursos de suporte básico de vida na escola, bem como um serviço de enfermagem especializado.
“Em vez de impor métodos e normas, a Cidade Educadora deve transmitir valores como a liberdade, autonomia, competência e princípios que mais tarde nos podem ajudar a tomar decisões”, defendeu Rita, do Colégio Amor de Deus. Em suma, como defendeu o porta-voz da Escola Básica e Secundária Frei Gonçalo de Azevedo: “A cidade educadora deve ser líder, ou seja, alguém que está à frente e diz “façam comigo” e incentiva os cidadãos a alcançar um futuro melhor”.
No dia Internacional das Cidades Educadoras “demos primazia a ouvir os jovens e não os jovens a ouvirem-nos a nós. A autarquia que tem responsabilidades pela tomada de decisões para a comunidade, “quis ouvir os jovens, as suas ambições, os seus desejos, a sua visão para o território” de forma a irmos de encontro aquilo que foi partilhado hoje aqui”, salientou Frederico Pinho de Almeida, vereador da educação, no final da Assembleia dos Jovens.
À pergunta qual dos 17 Ojetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), prioritário para Cascais, levada a votação no auditório do Centro de Congressos do Estoril, a escolha dos jovens votantes foram a Educação de Qualidade e a Vida na Água. FH/AQ
 
 
 
 

 

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