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Já pode visitar a Villa Romana de Freiria

Já é possível conhecer as ruínas que demonstram os vestígios mais antigos da vivência humana em Cascais.

A Villa Romana de Freiria foi alvo de um projeto de requalificação e valorização por parte da Câmara Municipal de Cascais. Neste espaço arqueológico foram colocados passadiços e pontos de informação para que todos os munícipes possam visitar e conhecer a forma como se vivia em Cascais no século I (d.C.).

O percurso de visitação do espaço arqueológico foi inaugurado no dia 22 de setembro, pelo presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras que salientou a importância desta obra que permite aos munícipes ter acesso a um património tão importante: “Tive agora o privilégio de poder, finalmente, recuperar as ruínas da Villa Romana de Freiria e de as poder mostrar ao público. Mostrar que nós já vivíamos neste território há quase dois mil anos. Temos a possibilidade de respeitar essas memórias tão antigas, mas ao mesmo tempo, temos de encontrar força nessas memórias, a tal identidade do concelho, para ultrapassarmos os obstáculos que temos pela frente.”

Logo à entrada da Villa Romana de Freiria deparamo-nos com as ruínas que têm maior dimensão, e é aí que começa a viagem entre passadiços colocados estrategicamente para que o espaço seja visitado sem danificar o património conforme Severino Rodrigues, arqueólogo da Câmara Municipal de Cascais, explicou: “Dentro deste plano de reabilitação o que pretendemos foi, depois de termos estudado, cavado, visto e sentido o que é que grande parte das estruturas nos diziam e o que é que podia ser visto, dimensionou-se um projeto que permitisse às pessoas circular sem danificarem as ruínas. A ideia é devolver essa informação e todo o nosso conhecimento um pouco mais mastigado e de forma mais legível, ou seja, a divulgação científica, o devolver a toda a gente o conhecimento que fomos compilando aqui.”

Na inauguração também estiveram presentes muitos habitantes locais que, ao longo da requalificação se envolveram com este projeto conforme salientou o arqueólogo Severino Rodrigues: “Conseguir o envolvimento das pessoas que aqui estão, dos moradores e dos que podem vir a conservar e preservar melhor este sítio, porque está ao lado das suas casas. Queremos continuar a receber pessoas e a fazer visitas guiadas porque todos nós somos um bocadinho donos destas pedras que estão aqui”.

Ao seguirmos os passadiços de madeira, há várias tabuletas explicativas a identificar onde se localizavam as várias zonas da Villa agrícola e as respetivas funções como a “Casa de Titus” que corresponde à área residencial, as Termas, local que era destinado aos banhos, o Lagar e a Fructuaria, onde estavam os estábulos para o gado e onde era produzido o azeite e ainda o Celeiro onde eram armazenados os cereais. 

Este celeiro da época, é a estrutura que mais impressiona na Villa Romana de Freiria, dado o seu tamanho e estado de conservação. Até agora só tinha sido encontrado mais um semelhante, noutra exploração arqueológica da Península Ibérica, exatamente na Villa Romana de Monroy, perto de Cáceres. 

O Presidente Carlos Carreiras deixou ainda um convite a todos os habitantes do concelho: “Estou convicto que os munícipes de Cascais não vão deixar de aproveitar a oportunidade para vir conhecer como viviam, à sua época, os antigos cascalenses”.

F.M.C.

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