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Património submerso de Cascais em exposição na Casa Sommer
Pratos de estanho, prumos, pimenta, almofarizes e informação disponível sobre a biodiversidade das profundezas do mar de Cascais estão agora em exposição na Casa Sommer
Carlos Carreiras, presidente a Câmara de Cascais, enaltece o “contributo de várias entidades e saberes para que seja realizado este trabalho na área do património histórico e cultural”, que conta com a colaboração de arqueólogos, historiadores, conservadores e biólogos.
“A ideia foi começar por valorizar os estudos que se têm feito ao nível da arqueologia subaquática e toda a envolvente da biologia marinha e da robótica”, explica Catarina Serpa, do Núcleo de Património Histórico e Cultural da Câmara de Cascais. “Estamos a devolver aos munícipes a informação sobre este este património, depois de estar ultrapassada a fase de a confirmar cientificamente”, esclarece Catarina Serpa.
Os materiais expostos são peças que foram utilizadas a bordo das naus.
“Este trabalho de arqueologia subaquática “dá-nos um conhecimento imenso sobre a forma como trabalhavam as navegações e como era a vida a bordo. Felizmente, Cascais está numa zona preciosa, que é a entrada para Lisboa. Se nos lembrarmos dos descobrimentos, era por aqui que todos os navios passavam. E como é uma costa muito agressiva, todos os naufrágios aconteciam aqui”, explica António Fialho, arqueólogo da Câmara de Cascais.
No que diz respeito à biologia marinha, “o fundo do mar de Cascais é rico em biodiversidade, mas ainda há muito por descobrir”, avança Ana Castanheira, bióloga marinha do projeto Marbis. Anémonas, chocos e polvo estão entre as espécies mais presentes no mar de Cascais.
Para esta exposição, a Câmara de Cascais contou com a colaboração da Marinha Portuguesa, Comissão Nacional da Unesco, Marbis e da Estrutura de Missão para o Alargamento da Plataforma Continental.
“Patrimónios Submersos de Cascais” fica na Casa Sommer até 9 de março, depois seguirá para escolas, centros comerciais e congressos internacionais.