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Antónia Matusse e Miguel Homem

Jumbo de Cascais - 40 anos

Na celebração dos 40 anos do Jumbo em Cascais, fomos conhecer a colaboradora mais antiga e o mais recente, ambos munícipes.

ANTÓNIA INVERNO MATUSSE
Cascalense importada de Beja, Alentejo, com direito a passagem pelo Barreiro, Antónia Inverno Matusse é a colaboradora mais antiga do Jumbo Cascais. Já cá estava na inauguração, dia 14 de setembro de 1973. Desse dia recorda particularmente que “chovia torrencialmente. Acho que Cascais todo estava em festa”. Desse dia guarda com carinho uma observação de dois rapazes que aguardavam na fila da caixa: “Nós trabalhávamos com um sistema que se chamava registo cego, em que tínhamos de introduzir o valor sem olhar para a registadora e como era uma coisa recente, havia sempre supervisores a fiscalizar o nosso trabalho… Lembro-me de um dos rapazes, ao ver que eu não olhava para a caixa, dizer “coitadinha da pequena, é cega!”

Hoje, com 40 anos de casa, exerce funções no posto de combustíveis, a mais recente aposta da loja, e está muito contente. Mais do que um trabalho, o Jumbo está indelevelmente ligado à sua vida, desde logo porque para aqui veio trabalhar aos 20 anos, depois porque foi aqui que conheceu o seu marido, à data funcionário do Hotel Estoril-Sol. “A loja abriu pouco mais de dois anos depois de abrir o Estoril-Sol e quando isso aconteceu o pessoal do hotel vinha aqui tomar café e às compras e houve muitos casamentos entre funcionários do hotel e do Jumbo”. Para Antónia, “na diferença está o equilíbrio”, uma base fundamental para um casamento de 36 anos com João, nascido em Moçambique, um homem reservado que nunca comentou com ela o fecho do hotel onde trabalhou tantos anos. Não tem muitas saudades do tempo em que demorava duas horas para fazer a viagem casa-trabalho e não esconde que o conforto de morar no Bairro do Alcaide, a poucos minutinhos a pé do seu local de trabalho. “Vim para cá passados seis anos de começar a a sair daqui para mais longe”.

De todas as funções que exerceu no Jumbo a que mais gostou foi trabalhar no Posto de informação porque “ali contactava com toda a gente, clientes e colegas na loja, mesmo que isso signifique responder a algumas perguntas absolutamente inesperadas como a de uma cliente que questionou sobre “quanto tempo demorava a arder a vela do bolo de aniversário”. Sempre que pode dá os seus passeios no Paredão, de Cascais a S. João do Estoril, uma atividade que para si é muito reconfortante que junta a outros pequenos passatempos como a jardinagem, costura ou pintura. Neste seu talento para revelar logo que tenha tempo para ter umas aulas, Antónia recorda entre gargalhadas a altura em que pegou numa tela e tentou pintar um sobreiro com um fundo de trigo verde. “Pintei aquilo numa tela grande numa noite em que deu os Óscares. Quando acabei de pintar apercebi-me que o tronco do sobreiro era o tronco de uma palmeira”, foi uma clara influência do concelho adotado que trouxe muitas horas de riso entre familiares… A informática é outro dos amores que tem para abraçar logo que a reforma chegue e o horário mais liberto o permita: “há muita coisa que eu gostava de ter conhecimento, como pesquisar sobre viagens, destinos, ou também sobre saúde que é um tema que me interessa muito”.

MIGUEL FERNANDES HOMEM
Residente na Parede desde 2004, Miguel Fernandes Homem nunca pensou trocar Lisboa, onde nasceu em 1974, pelo Concelho de Cascais. “Vim mais por casamento. A minha mulher já morava na Linha e quando começámos a procurar casa acabámos na Parede”. Uma escolha que, talvez inconscientemente, fosse a mais natural, já que Miguel Fernandes Homem esteve (e está) desde sempre ligado ao mar. “Comecei a praticar Windsurf aos 10 anos e, depois, a vela foi o percurso normal. Fiz vela de cruzeiro e cheguei a fazer regatas a sério. Isso contou muito para a minha boa adaptação ao concelho”. Hoje, por questões de trabalho, a sua carreira desportiva está suspensa, mas não perde uma oportunidade para sair para o mar: “se quisermos conseguimos fazer de tudo”.

Licenciado em Psicologia Clínica, mas com forte aposta no desenvolvimento organizacional, todo o seu percurso profissional tem sido orientado para as pessoas e não é por acaso que hoje é diretor de recursos humanos do Jumbo de Cascais, sendo o mais recente colaborador residente no concelho. “Desde pequenino que me lembro de fazer coisas com pessoas. Em casa sempre tivemos o hábito de ter sempre muita gente em casa. Hoje tenho a sorte de trabalhar com pessoas num sítio que serve clientes”. O seu primeiro trabalho foi na Marinha, onde cumpriu o serviço militar como voluntário. Depois passou por uma consultora de recursos humanos e, quando achou que era altura de procurar outro desafio, surgiu a hipótese de vir trabalhar para o Jumbo: “creio que residir no concelho foi uma mais-valia”. Capaz de causar inveja a muita gente, a sua viagem trabalho-casa demora apenas sete minutos e “isso se houver trânsito”. Mas não são só facilidades, como o próprio explica. É preciso muita dedicação e amor à camisola, para abraçar um desafio como o de trabalhar numa loja que abre às 9h00 e fecha às 23h00. “Há sempre coisas a acontecer e que têm de ser resolvidas. Para nós é normal trabalhar nas vésperas de Natal e Ano Novo, ou no domingo de Páscoa”. Mas é precisamente o horário alargado que permite, por exemplo, registar situações como a de uma cliente que “há muito anos a esta parte vem todas as semanas, duas vezes por semana, trazer flores à Nossa Senhora que foi colocada na loja no dia da abertura em 1973.” Há também um sentimento de segunda casa que se vai replicando em cada vez maior número de pessoas, clientes assíduos que passam o dia na loja em várias atividades, desde o pequeno-almoço, ao final da tarde: “acho que se nós tivéssemos mesas rapidamente teríamos gente a jogar à sueca. É giro pensar que também damos esse apoio, porque a solidão é algo que nos preocupa a todos”.

Com poucos anos de casa e muito ainda para aprender, Miguel Fernandes Homem não coloca de lado a possibilidade de viver uma experiência profissional a nível internacional: o facto de trabalhar numa multinacional poderá ajudar a proporcionar isso, mesmo que seja por apenas dois ou três anos para perceber um bocadinho o que se passa lá fora”. Para já o futuro passa por continuar a fazer parte da grande família que considera ser a Auchan: “de facto aqui encontramos várias gerações e isso mesmo vai ser possível comprovar no dia 12 de setembro com o entoar do hino do Jumbo que recupera a música dos Davinci “O Conquistador” com uma letra criada por colegas nossos”.

Cascais Digital

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