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António Silva - Tozé

O nome e o cargo no título podem não lhe dizer muito.Mas se lhe dissermos que falamos do “Tozé”, vocalista da banda cascalense “Ténis Bar”, a conversa é outra. Apostamos que não há em Cascais quem não conheça o “Tozé” e os Ténis Bar. A música é a sua vida apesar de profissionalmente percorrer outro caminho.

António José Marau Silva, nascido em 1957 no Monte Estoril, reside em Janes, e partilha a vida com a mulher Luisa Andrade e as duas filhas, Diana e Rita, que já se encarregaram de aumentar a família Silva: “Sou um avô babado até porque o Gustavo, com quase 3 anos, tem dois brinquedos favoritos: um micro e um tripé. Ele já viu mais vezes o DVD das Festas do Mar do que qualquer outra pessoa.” O resultado de tanta repetição faz com que Tozé solte uma gargalhada: “Fez com que eu me fartasse de mim mesmo” diz.
Decano das Festas do Mar, Tozé começou a cantar aos sete anos e não tardou até escrever as suas próprias músicas. Nos tempos de criança muitas foram as horas em que acompanhou a música com uma jogatana de futebol. Na escola, apaixonou-se loucamente pelo circo e chegou mesmo a tentar fugir dentro de uma roulotte mas os planos do jovem ruíram depois da mãe o ter descoberto. Coquinha - O Pirata do Ar, era a personagem circense que idolatrava: “Ainda me recordo que o espetáculo se chamava Rádio Circo e eu queria ser trapezista como o Pirata do Ar. O desejo era tão forte que acabei por ficar com a alcunha de Pirata.”
Posta de parte a hipótese do circo, Tozé prosseguiu os estudos no Liceu encontrando-se hoje a concluir o 12º ano. A escola da vida deu-lhe a bagagem suficiente para ser aquilo que é hoje. Mas o músico não quer ficar por aqui e, por isso, ambiciona tirar um curso na área da animação ou representação. Percorrer Portugal com os Ténis Bar proporcionou-lhe a experiência única de absorver culturalmente os costumes e tradições das diversas localidades por onde passa. “Há uma infinidade de países dentro do nosso país e só se compreende
isso, vivendo! No Sabugal chegam a mandar parar os concertos para a garraiada, momento que é objeto de uma ovação maior do que a que é dada aos artistas em palco. É culturalmente fascinante”, acrescenta.
No currículo, Tozé traz inscritos 23 anos na Alcatel e uma passagem pela consultora multinacional, Deloitte. A música foi sempre uma paixão que chamou mais forte e, por momentos ao longo da vida, trocou a secretária pelos palcos dedicando-se exclusivamente às canções. Porém, como nunca conseguiu viver só da música, optou por conciliar esta
atividade com uma profissão fora do mundo do espetáculo e integra atualmente a empresa municipal de ambiente de Cascais, EMAC.
Há alguns anos, Tozé teve a oportunidade de assinar um contrato com a PolyGram que acabou por não se concretizar. “Lamento não ter tido a paciência suficiente para aproveitar essa oportunidade mas não sei se seria mais feliz se, profissionalmente, fosse só cantor”, confessa Tozé.
No “mundo das cantigas”, como prefere chamar-lhe, a entrega é total.
Frontal por natureza, confessa-se exigente em tudo o que faz. Incansável durante as suas atuações – imagem de marca da banda - Tozé diz que o que o caracteriza vem da emoção de subir ao palco, das palmas do público e do cumprimento das pessoas. Ao contrário do que a sua música sugere, Tozé nunca fez nudismo no Abano mas esta praia continua a ser aquela que a família frequenta: “É sem dúvida uma praia calma, de inspiração, de namoros.” É também na praia que costuma escrever as suas músicas para além de o fazer também após um bom concerto ou ao deitar.
Orgulha-se de atuar em concertos de solidariedade e ambiciona fazer um espetáculo no Centro de Apoio Social do Pisão: “Tenho um carinho especial, desde miúdo, por aquelas pessoas. Quando era mais novo havia quem fugisse de lá para me ouvir em Janes.” Com “contrato eterno” nas Festas do Mar, Tozé não esconde a emoção quando fala do palco da
Baía, “único” e que o faz “sempre feliz” cada vez que o pisa. Essa felicidade reflete-se num sonho: o de fazer uma passagem de ano na Baía de Cascais. “Já sonhei em fazer um concerto único, aqui na Baía, das 23h às 01h00. Se a banda tivesse que acabar, era aqui e dessa forma que terminaria a carreira.”
Outro dos seus sonhos é pisar o palco do Coliseu dos Recreios, mas garante que o concerto de passagem de ano, na baía estaria à frente da grande sala lisboeta.
Entre trabalho e música, sonhos e ambições, resta-lhe pouco tempo para férias. Até porque, mesmo quando descansa por uns dias, o apelo da música bate sempre mais forte no seu coração. E é a esse mundo que, invariavelmente, regressa sempre.

Cascais Digital

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