CONTACTOS
Fale connosco
800 203 186
Em rede

mais pessoas

Alexandre Rippol
Alexandre Rippol “Há um fator mágico que nos impele ...
Margarida Bessa
Margarida Bessa “Uma boa ação por dia nem sabe o ...
José Roncon
José Roncon “Ser voluntário é aquilo que nós ...

Está aqui

Comandante João Loureiro

“Ganha-se muito!... experiências, amizades, alegrias, arrelias”.

Sempre sonhou equipar-se de vermelho, não para jogar no Benfica, mas sim para vestir a farda de bombeiro que usa desde 1979. “Todas as crianças sonham com fardas, bombeiros, polícias… São coisas que gostam de fazer ou tentam ser. Podia ter ido para futebolista, mas deu-me para vir para os bombeiros.”

Assim se inicia a nossa conversa com João Loureiro, comandante dos Bombeiros de Cascais. Com 13 anos pediu à mãe para ser bombeiro. Influenciado por amigos e pelo gosto de ver os veículos, dirigiu-se ao quartel – que ainda era no largo da Câmara - e trouxe o papel que dava autorização para poder ingressar na corporação. “A minha mãe teria de dar  autorização porque eu era menor. Não colocou obstáculos mas, semprecom preocupação de mãe, naturalmente queria saber o que é que os filhos estão a fazer, onde é que
andavam… Esta é uma vida em que há sempre um risco: sabemos que  saímos mas não sabemos se voltamos”.

Já com uma década a liderar o destino de 86 homens dos Bombeiros de Cascais, o comandante recorda-se bem do dia em que a direção lhe dirigiu o convite. “Nunca mais me esqueço, pois a nossa primeira reunião foi num dos dias mais marcantes para a humanidade: 11 de  setembro de 2001, o dia do atentado às Torres Gémeas em Nova Iorque”.
Com 46 anos, João Loureiro já perdeu a conta aos incêndios em cujo combate esteve envolvido mas foram, “com certeza, umas centenas largas. Alguns mais marcantes, outros menos. Já tive  medo, receios… apanhei alguns fogos históricos, como no Chiado nos anos 80, na Serra de Sintra em 1981 e 1986 e o falecimento de alguns elementos durante os incêndios - não desta casa mas de outras, pois infelizmente acontecem acidentes”.
 

Casado e com três filhos, em momentos de perigo é na família que pensa: “passa-nos tudo pela cabeça, a nossa caixinha pensa em tudo o que se fez na vida, desde a nossa infância, mulher, filhos, sempre em prol dos outros, vida por vida. Salvamos os outros pondo em risco a nossa própria vida”, sublinha. Não é pelo dinheiro que veste a pele de bombeiro, mas sim  pelas pessoas e pela vontade de salvar vidas: “Ganha-se muito!... experiências, amizades, alegrias, arrelias. Chegamos ao fim do dia e sabemos que cumprimos com a missão na qual nos inscrevemos para servir uma causa, e não para ganhar coisas em proveito próprio. Somos voluntários, para entrarmos e para sair mas, depois de cá estarmos, temos obrigação de cumprir o  compromisso feito com a instituição e com a sociedade”.  (Perfil do Munícipe in C - Boletim Municipal, nº 3, Outubro 2011)

Cascais Digital

my_146x65loja_146x65_0geo_146x65_0fix_146x65360_146x65_0my_146x65loja_146x65_0geo_146x65_0fix_146x65360_146x65_0