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Rodrigo

50 anos de vida artística

Nasceu Rodrigo Ferreira Inácio mas ficou para sempre Rodrigo, quando a sua vida se cruzou com a carreira de fadista. Rodrigo nasceu na freguesia da Graça, em Lisboa, a 29 de junho de 1941 e é, sem contestação, “o fadista de Cascais”.

Aos 18 anos, integrou o projeto musical “5 Reis” que rapidamente ganhou notoriedade em programas de televisão. Cedo se interessou pela “canção lisboeta” no embalo das notas soltas do lendário Carlos Ramos. E com 21 anos Rodrigo entrou, pela primeira vez, numa casa de fados, a mítica “Cesária”, em Alcântara. Esse momento tornou-se, por si só, um catalisador de mudança no seu percurso. Nas palavras do próprio “que fenómeno este, tão estranho, que leva todos os presentes a transformarem-se quando se ouve o tocar duma guitarra acompanhando qualquer voz por muito rouca que seja e sentir que em tudo aquilo que se sente e ouve, há muito de Portugal?”

No início da sua carreira, Rodrigo recusava-se a ganhar dinheiro a cantar. Fazia-o por apelo e a hipótese de abraçar a canção de Lisboa como como profissão parecia-lhe descabida e improvável. Uns anos mais tarde, e regressado de uma temporada em França, estreia-se como profissional gravando o seu primeiro álbum. “A Última Toirada Real em Salvaterra” foi o trampolim de que precisava para se dedicar, definitivamente, à música como ofício. Durante mais de trinta anos reforçou a sua ligação ao concelho como proprietário de uma conhecida casa de fados de Cascais, o Forte de D. Rodrigo.
Essa foi a forma que arranjou para as pessoas poderem ir ao seu encontro, ao encontro da sua voz. Hoje defende ser uma das muitas profissões que teve e, pelas melhores razões de todas, a última.

De alguma forma, Rodrigo e o fado cruzaram-se por 50 anos e hoje o “fadista de Cascais” justifica a sua simplicidade de carácter defendendo que conheceu todos os espetros de pessoas nesta vila. A reciprocidade do carinho que tem por Cascais justifica-a, dizendo: “Fui sendo amigo de toda a gente. Desde os pescadores da praia do Peixe até aos Presidentes da República que tivemos, tive sempre facilidade em fazer amizades”. Protagonista de histórias e palcos vários, conta que um dia, depois de convidado para ir a bordo do iate da Rainha Isabel II de Inglaterra, se encontrou com a própria e conversaram, durante largos minutos, sobre fado. Nas palavras de Rodrigo: “Fiquei espantado com o conhecimento de fado que Isabel II tinha. Falava como se fosse aos fados todas as noites.”

Ao longo da sua vida, Rodrigo gravou 36 discos de longa duração, alguns dos quais chegaram a discos de ouro ou de prata, entre os quais se destaca «Marés de Saudade» (Novembro de 2002). Divulgador da canção consagrada recentemente “património imaterial da humanidade”, o fadista Rodrigo representou inúmeras vezes o nosso País em certames internacionais.

Cascais Digital

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