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Silvana Mota Ribeiro

Silvana Mota Ribeiro tem vindo a colaborar com a Câmara Municipal de Cascais na formação sobre Igualdade de Género e Comunicação que a autarquia está a promover junto dos colaboradores. Brevemente, vai para o Brasil trabalhar numa tese sobre género e envelhecimento, uma nova variável nas suas pesquisas sobre igualdade de género. Professora Auxiliar no Departamento de Ciências de Comunicação da Universidade do Minho e investigadora do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, escreveu “Retratos de Mulher”, da Campo das Letras. Colabora com associações ativistas como a UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta.

Como é que começou a sua colaboração com a Câmara Municipal de Cascais?

Com um convite dirigido por pessoas ligadas ao projeto de Igualdade de Género na autarquia. Há dois anos propuseram-me fazer uma formação para funcionários sobre Género e Comunicação e esta já é a quarta vez que estou em Cascais para dar formação.

Já conhecia alguns dos projetos desenvolvidos pela autarquia de Cascais nesta área?

Ainda não, e fiquei impressionadíssima com o que encontrei. Cascais já recebeu Prémios de Excelência neste âmbito. Tem uma Comissão para a Cidadania e Igualdade do Género desde 2014; uma Conselheira para a Igualdade de Género; um grupo ativo de técnicos que não deixa esta questão esmorecer. As autarquias não costumam ser das instituições mais fáceis para se levantar estas questões da Igualdade de Género. Tenho ideia que incluir nos programas questões sobre desigualdade é comum nas autarquias, mas com este nível de Cascais não conheço nenhuma. 

As questões de Igualdade de Género ainda são controversas para a maioria das pessoas. Acha que quem dirige organismos públicos tem mesmo intenção de mudar a situação?

A legislação impõe metas, embora muitas vezes não sejam cumpridas, mas cada caso é um caso. Diria que passar a ideia de que a Igualdade de Género é algo que está a ser trabalhado numa instituição é bom; reflete responsabilidade social e passa uma imagem de cuidado com as pessoas, de estar na vanguarda de mudar o mundo para um mundo melhor. Há casos em que são quase só manobras de maquilhagem, mas também há exemplos, como o de Cascais, em que se percebe que há uma força viva. Acredito que há pessoas que fazem a diferença numa instituição. E quando agem, isso pode mudar aos poucos o mundo.

Nesta matéria por onde se deve começar a mudança numa instituição?

É preciso ir mais devagar do que o desejável. Vídeos como aquele que Cascais lançou no site no Dia internacional da Mulher em 2017, promovem o debate e a mudança. Esta é uma forma simples do público se sentir confrontado com essas questões. A fórmula para a mudança é: levar as pessoas a pensar na questão da desigualdade porque a única forma de a eliminar é termos consciência de que existe.

Se tivesse que ir a uma autarquia propor estas formações, por onde começaria?

- Apresentava um plano para a eliminação ou pelo menos diminuição da desigualdade de género. Começava por fazer um diagnóstico da situação; Caso existissem imparidades sérias, avaliava até que ponto os responsáveis estariam recetivos para um plano a ser instituído. Não fica bem a uma Câmara Municipal não implantar políticas de Igualdade, seja de que igualdade for. Incluir nas autarquias projetos sobre igualdade do género traz muitas vantagens quer para os funcionários quer para os munícipes. Espero que consigam materializar ainda mais o vosso projeto em algo mais concreto que possa servir todas e todos os funcionários da Câmara.

 

Cascais Digital

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