Branquinho da Fonseca - o defensor da "Biblioteca Viva"

Completam-se neste dia 7 de maio, 50 anos sobre a morte de António José Branquinho da Fonseca (1905-1974). Poeta, tradutor, autor dramático e ficcionista, a ele Cascais deve, para além da introdução de importantes melhoramentos no Museu-Biblioteca Condes de Castro Guimarães, a implementação de uma pioneira biblioteca itinerante. Percorrendo milhares de quilómetros, a inovação da biblioteca sobre rodas contribuiu, desde 1953, para a difusão da leitura nas localidades mais afastadas da vila.

No ano, e no dia em que se cumprem 50 anos sobre a sua morte, evocamos o muito que fez por nós com um documentário onde se conta o muito que o defensor da "Biblioteca Viva" fez em Cascais, e não só, para levar o livro onde houvesse um leitor.

Especialmente tendo em conta que este é também o ano em que se assinala o 50.º aniversário do 25 de Abril, destacar Banquinho da Fonseca é destacar um homem visionário, cujas inovações no serviço de Biblioteca e sobretudo na implementação da Biblioteca Itinerante permitiram alargar o acesso de todos os cidadãos à cultura, promovendo a educação das camadas mais fragilizadas através da leitura, em contracorrente com o Estado ditatorial em que se vivia.

São vários os testemunhos sobre o homem, mas sobretudo sobre a forma como a sua ação mudou o rumo de muitas vidas.

Hoje ainda, partindo da sua inspiração, Cascais tem ao serviço uma Biblioteca Móvel que percorre as escolas e alguns parques. O funcionamento deste circuito acompanha o calendário escolar. Aos sábados a Biblioteca Móvel de Cascais encontra-se das 10h00 às 13h00 no Parque Quinta da Alagoa, em Carcavelos, e das 15h00 às 17h00 no Parque Urbano da Quinta da Carreira, em S. João do Estoril (+info).

Nos próximos dias 9 e 10 de maio, as bibliotecas e o que mudou nos últimos 50 anos nesta área, são temas em destaque, pois Cascais acolhe o Encontro Nacional de Bibiliotecas e Arquivos.