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Docapesca e CMC assinam protocolo para requalificar lota de Cascais

“Objetivo do município é aproveitar o espaço, no coração da baixa de Cascais, para potenciar a atividade comercial, em termos turismo, mostrar tudo de bom que Cascais tem, em parceria com os pescadores, para se fazer um grande projeto que possa também ser seguido noutros pontos do país com o sucesso", afirmou vereador Nuno Piteira Lopes.

A Câmara Municipal de Cascais e a Docapesca assinaram um protocolo para a requalificação, utilização e exploração das instalações do Posto de Transferência de Pescado de Cascais que contará com um investimento de 230 mil euros do Ministério do Mar e de cerca de um milhão de euros da autarquia.

A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, considerou o protocolo de “extrema importância” porque mostra que todas as entidades que têm a gestão do território estão a trabalhar em conjunto para resolver questões extremamente importantes, como a recuperação do património de Estado degradado que vão melhorar o funcionamento da área da venda do pescado, dos pescadores e armadores de pesca.

Para Ana Paula Vitorino essa requalificação vai tornar o equipamento mais visível ao público, aos turistas e ao resto da sociedade, graças à sua localização, com outras atividades ligadas à formação, à divulgação da gastronomia portuguesa ligada ao mar.

“É um trabalho conjunto que melhora visualmente esta zona, que é uma zona nobre em Cascais, mas também melhora o exercício das atividades profissionais e atividades económicas e se transforma na sua montra ao grande público”, disse.

A ministra salientou que o governo e a autarquia têm uma “grande proximidade nos assuntos do mar” e que as duas partes já fizeram outros projetos em conjunto que mostram como a coordenação entre o governo e a autarquia funciona a favor das pessoas e dos profissionais.

Por seu lado, o vereador Nuno Piteira Lopes, considerou que este dia foi “muito importante para Cascais, porque esta lota há muitos anos que estava para ser requalificada e só agora vai ter um investimento da Docapesca e da Câmara”. O Investimento da parte do Estado Central foi assegurado, pela Ministra do Mar, no montante de 230 mil euros e tem o propósito de transformar a Docapesca num centro de receção e venda de pescado. “Contará também com um investimento do município em todo o património edificado de cerca de 1 milhão de euros”, disse o vereador.

“O objetivo do município é aproveitar este espaço, no coração da baixa de Cascais, para potenciar a atividade comercial, em termos turismo, mostrar tudo de bom que Cascais tem, em parceria com os pescadores, para se fazer um grande projeto, exemplar, e que possa também ser seguido nos outros pontos do país com o sucesso que estou convencido que este vai ter”, afirmou o autarca.

Nuno Piteira Lopes disse que no futuro este espaço terá um centro de transformação e venda de pescado, uma pequena escola de hotelaria ligada à parte da confeção e do trabalhar o peixe”. Nuno Piteira Lopes explicou ainda que naquele espaço, para além do pescado terá ali também cinco ou seis bancas de venda de alimentos ligados ao mar, para divulgar as espécies capturadas na região.

Em conclusão, disse que o espaço que agora está fechado e degradado, será requalificado e dará novamente vida ao edifício.

O pescador Carlos Ambrósio, presente na cerimónia, considerou que o protocolo é “muito importante” para a comunidade piscatória, pelo menos pela parte da requalificação da Docapesca “que já estava um bocado obsoleta em relação à realidade atual”.

Este profissional deu conta da degradação a que chegou a lota com o abandono de pescadores e compradores.

“A lota foi perdendo primeiro os compradores e depois pescadores e, a partir do momento em que se perdem os compradores, os pescadores procuram ir para uma lota onde o seu peixe seja mais valorizado”, explicou o pescador.

Carlos Ambrósio disse ainda que “a Lota foi caindo aos poucos, a ponto de passar a ser quase só um posto de pesagem, para transacionar o pescado. Ou seja, o pescador, mesmo pescando em Cascais, chega aqui, pesa o peixe, são emitidas as guias e vende ou na lota de Sesimbra, ou na lota da Costa da Caparica ou na lota de Peniche”.

Para este pescador, a falta de estacionamento foi um dos fatores que provocou a queda da importância da lota em Cascais porque isso afastou os compradores. S.R.S.

 

Cascais Digital

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