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Edifício Cruzeiro Transformado em Academia das Artes do Estoril

O primeiro centro comercial em Portugal, o icónico edifício “Cruzeiro”, no Monte Estoril, vai ser transformado num polo cultural que irá acolher uma escola de teatro, um centro de formação de artes performativas e audiovisuais, uma biblioteca e uma sala de espectáculos com 400 lugares. Uma nova centralidade dedicada à cultura vai nascer em Cascais com a criação do Edifício Cruzeiro – Academia das Artes do Estoril (AAE).

Com a assinatura da escritura de compra e venda ao Fundo de Pensões do BPI pelo valor simbólico de 100.000 euros, a Câmara Municipal de Cascais dá início a uma vida nova ao emblemático edifício de 1951.  A cerimónia realizou-se  no dia 14 de novembro no Teatro Mirita Casimiro, espaço de cultura que juntamente com o Conservatório de Música de Cascais, a Escola de Dança, o Museu da Música Portuguesa - Casa Verdades de Faria, o auditório do Casino Estoril e agora com o Edifício Cruzeiro – Academia das Artes irão constituir o Quarteirão das Artes do Estoril. Será feita a apresentação pública do projecto de total requalificação do imóvel,  da responsabilidade do arquiteto Miguel Arruda. Este projecto vai manter apenas a fachada do edifício e implica a total demolição e posterior construção do seu interior.

A AAE vai ainda receber todo o vasto e rico espólio do TEC (Teatro Experimental de Cascais). Aliás, a formação de actores fica a cargo da Escola de Teatro do TEC, que vai trabalhar em estreita colaboração com a autarquia.

História do Edifício Cruzeiro

Foi o primeiro centro comercial do país, inaugurado em 1951, no Monte Estoril, muito antes de surgir a primeira vaga de shoppings liderada pelo Apolo 70, que só viria a abrir portas em 1971. Projectado pelo Arq. Filipe Nobre de Figueiredo (1913-1989), a sua implantação urbanística, a semântica do seu desenho e o estatuto comercial (a que intencionalmente foi destinado), fizeram do Cruzeiro uma das referências arquitetónicas do concelho de Cascais.

O centro comercial Cruzeiro era então um fervilhante ponto de encontro de uma classe social privilegiada e cosmopolita que incluía muitos estrangeiros endinheirados que, em Portugal, tinham encontrado um refúgio seguro durante a II Guerra Mundial.

Devoluto há anos, o edifício Cruzeiro esteve para ser demolido. Chegou a ter um projeto habitacional previsto pelo banco BPI, proprietário do imóvel. Mas o moribundo e degradado Cruzeiro resistiu sempre e, finalmente, vai agora ter um outro fim, muito mais nobre.

 

 

Cascais Digital

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