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Natal: O país em Cascais

É Natal! Cascais vestiu-se com luzes e animação para que a magia e a imaginação permitam vivências e experiências para os de cá e os de lá, munícipes naturais de outras regiões do país.

Fátima Camilo é natural de Viana do Castelo, Minho, tem 59 anos e vive no concelho de Cascais há 18 anos. Com uma alegria contagiante fala das tradições que se vivem na região mais a norte do país e que cumpre em Cascais. “Gosto de ir ao mercado a Tires, comprar fruta, legumes, peixe, pão… de falar com as pessoas, da cor, de ter “Bela Dona” na varanda (uma flor muito comum em Viana do Castelo), diz Fátima Camilo, que privilegia a tradição também à mesa na noite da consoada. No dia 24 de dezembro, os preparativos começam cedo com toda a família. Logo pela manhã, “vou ao mercado buscar os troços de couve-galega, que gentilmente é cultivada a meu pedido, por um feirante, há anos”, revela a munícipe adiantando que na ceia “não falta o bacalhau com couve, batata e algumas vezes os rojões à minhota e o polvo”. E os doces? “Arroz doce à minhota, rabanadas de vinho verde e as fatias douradas. O vinho verde quente com açúcar também sabe bem”. No dia 25, toda a família se junta de novo para almoçar cabrito assado, “havendo sempre na mesa presunto e chouriço de carne de produção caseira vianense”.

Também do Minho, da aldeia de São Lourenço do Mato, Ponte de Lima, chegou Maria Olívia Alves, 69 anos, há 41 a viver no concelho. O Natal de Maria Olívia é sinónimo de convívio e a conversa sobre a família dura até à hora da distribuição das prendas pelas crianças, no dia 24. “A mesa da consoada é composta com um arranjo com a planta de azevinho dos pinhais das famílias”, revela adiantando que “come-se o cozido de bacalhau e bebe-se vinho verde, branco ou tinto. Os mais gulosos deliciam-se com aletria, leite-creme, arroz doce, mexidos (ou formigos), rabanadas de vinho tinto cobertas de canela e açúcar, fatias douradas e bolo-rei.” O espírito natalício vive-o até ao Dia de Reis.

Entre munícipes naturais de várias regiões do país encontramos Joaquim Fernandes. É proprietário do bar dos Associação Humanitários dos Bombeiros da Parede. “Vim para o concelho de Cascais à procura de melhor qualidade de vida”. Nasceu na Lousã, distrito de Coimbra, Beira Alta, e vive na Parede há 45 anos. Na noite da consoada junta a família em sua casa. “São mais de 20 pessoas à mesa”, adianta Joaquim Fernandes revelando que ao jantar não falta o tradicional bacalhau e os doces típicos: lampreia, arroz doce, bolo-rei, sonhos, arroz doce e pudim flã.

De mais a sul chegou Joaquim Narciso, 67 anos. Natural de São Marcos de Ataboeira, Castro Verde, Alentejo, vive em Alvide, onde é proprietário de um café. Há 50 anos que escolheu o concelho de Cascais para viver, mas “vou muitas vezes à terra”. A consoada de Joaquim começa cedo e “muito bem acompanhado”. “Todos os anos um grupo de amigos de Cascais e do Alentejo encontra-se aqui no café comigo até às oito ou nove da noite. Entre cantes alentejanos, petiscos e umas minis, fazemos a nossa festa antes de irmos para junto da família”. Depois, Joaquim vai para casa da filha, em Alcabideche. “Tenho duas netas e a noite é muito divertida”. À mesa, o vinho é alentejano e o rei é o perú, “mas gosto mais de borrego”, confessa.

Cristina Rocha Antunes, 52 anos, escolheu São João Estoril para morar. Nasceu em Moçambique, mas viveu grande parte da sua vida no Algarve. Para Cristina, a tradição mais importante durante esta época do ano é juntar a família. São nove irmãos. O bacalhau também é rei entre esta família, mas vai ao forno com broa, grelos e brócolos. Mais para a noite, e para aquecer, bebe-se chocolate quente “feito por mim e pelo meu irmão” e bolo-rei. À meia-noite abrem-se os presentes, se houver crianças o “Pai Natal” chega mais cedo. A 25 de dezembro, é servido o perú com recheio de azeitonas. Do Algarve trouxe a paixão pela água e, por isso, vai a banhos no mar durante todo o ano. E quando perguntamos o que representa o Natal em Cascais, Cristina não hesita: “É ameno, lindíssimo. Cascais tem escala humana, vida em comunidade, pessoas fantásticas e conhecemo-nos uns aos outros pelo nome próprio”.

De norte a sul do país, são várias as tradições em Cascais. Entre o que se coloca sobre a mesa, o mais importante é unânime entre todos: paz e solidariedade.

Para ler também no C de dezembro.

Bem-vindos. Deixem-se ficar por Cascais. Boas Festas!
 

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