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José Carlos Pinto Coelho

José Carlos Pinto Coelho, 64 anos, tem uma longa carreira como gestor. Em fevereiro de 2010, e em representação da AHP – Associação da Hotelaria de Portugal, foi eleito presidente da Confederação do Turismo Português (CTP).No seu mandato de três anos, tem focado a atenção na recuperação da competitividade do sector do turismo, em face de um contexto de incerteza. Além de estar à frente da CTP, Pinto Coelho é presidente dos conselhos de admi-nistração de várias empresas, entre as quais a Guia – Sociedade de Construções e Turismo, Hotel quinta da Marinha, Golfe da Quinta da Marinha ou do SMP-Serviço Médico Permanente, entre outras.

Julho e agosto de 2011 foram meses extraordinários em Cascais, no que diz respeito ao turismo e os grandes eventos previstos para o próximo verão prometem reeditar a notoriedade da vila além-fronteiras. No ano passado, com um aumento de 4% no número de dormidas de hotel, foi este o concelho com melhor de-sempenho no setor.
A rentabilidade da hotelaria que acolhe os visitantes tem muito a ver com o nível de qualidade das várias unidades hoteleiras, num total de onze, sendo que 2/3 da oferta são de unidades de cinco e quatro estrelas.

Para o presidente da Confederação do Turismo Português, José Carlos Pinto Coelho, sendo o turismo um setor estratégico exportador, serve de alavanca à recuperação económica do país. E, nesse contexto, Cascais está bem preparado, pois também a autarquia apresenta uma “política orçamental e fiscal na direção certa, encorajando pessoas e empresas a escolher Cascais para a sua residência e sedes”.

No seu setor de atividade empresarial - o turismo - de que forma é que a atual conjuntura económico-financeira e social se faz sentir e que consequências pode ainda vir a gerar?

O Turismo não é alheio à actual conjuntura económico financeira e social, mas enquanto setor estratégico e como principal exportador de serviços tem a capacidade para contribuir com maior rapidez para a recuperação económica, não só através da captação de receitas externas como através do combate ao desemprego, o que é muito relevante na conjuntura que se vive. Assim sendo, é necessário criar condições para promover o crescimento deste setor e, em concreto, implementar medidas que incentivem o desenvolvimento e viabilização de bons projetos.

Como empresário, como planeia enfrentar esta época de recessão contínua, falta de confiança dos mercados e austeridade geral?

A atitude dos empresários que actuam no sector do Turismo deve continuar diferenciadora, ou seja, devem concentrar os seus esforços na segmentação e especialização dos seus produtos, aliados a uma oferta de inegável qualidade. O principal problema a resolver é o acesso ao crédito. O aumento de impostos incluindo o IVA na restauração e no golfe e o aumento dos custos gerais, como a energia, obrigam a uma gestão extremamente rigorosa e, por vezes, de simples sobrevivência.

Está otimista quanto à forma como Cascais e os seus munícipes conseguirão ultrapassar esta fase menos positiva? Porquê?

Cascais é reconhecido como um município de estabilidade e onde o empreendedorismo sempre foi, mais que uma regra, uma atitude. Nomeadamente no sector turístico que tem especial preponderância na economia local desde há muitos anos. É esta atitude positiva, a que se junta criatividade e perseverança, que me faz acreditar numa recuperação que voltará a trazer crescimento.

 Como pode a autarquia contribuir mais para minorar os custos da atual situação económico-financeira?

O Orçamento apresentado pela Câmara Municipal de Cascais demonstra coragem e uma capacidade de não ficar fechado nos necessários cortes. Aquilo que se pretende é que haja a capacidade política para saber distinguir o que é despesa daquilo que é investimento. E isto é fundamental no sector turístico, onde a contenção de custos de contexto e de impostos, dentro de limites aceitáveis, é obrigatório para nos manter competitivos. A actual política orçamental e fiscal está na direcção certa, encorajando pessoas e empresas a escolher Cascais para a sua residência e sedes, respectivamente. Esperemos que os resultados sejam visíveis a curto prazo, para poder ser alargado o âmbito dos incentivos agora decididos.

Como polo económico, quais os pontos fortes e pontos menos fortes do concelho de Cascais?

Cascais é decididamente um dos principais pólos turísticos nacionais, detendo marcas de grande projecção e qualidade. Tem sabido reinventar-se mesmo nas dificuldades, por exemplo através de grandes eventos. Muitos ficaram preocupados com a saída da Fórmula 1, mas hoje em dia já existem outros acontecimentos com enorme sucesso.
O golfe, a marina, o centro de congressos e o autódromo são pontos fortes que há que promover. A curta distância a Lisboa e ao aeroporto são muito importantes para a fixação de empresas e desenvolvimento do turismo de negócios. O aumento das acessibilidades onde se destaca a abertura da A16 é de extrema importância, sendo urgente terminar a ligação da A5 ao Guincho.

Finalmente, é fundamental reinventar o centro de Cascais, que consideramos o projecto mais importante que falta concretizar para benefício de toda a atividade económica do concelho.

Cascais Digital

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